sexta-feira, 24 de junho de 2011

PARQUE DO POVO, EM CAMPINA GRANDE, EXPÕE FOLHETOS DO POETA MANOEL MONTEIRO


O poeta Manoel Monteiro na casa da poesia no São João de Campina Grande.
(Foto: Daniel Buarque/G1)

Manoel Monteiro é o poeta homenageado.
Fonte: Daniel Buarque Do G1, em Campina Grande (PB)


Uma das principais expressões da cultura popular nordestina divide um pouco da atenção como forró em plena festa de São João no Parque do Povo, principal polo de cerimônias de Campina Grande, na Paraíba, durante o mês de junho. Em um espaço especialmente dedicado à poesia, a literatura de cordel é homenageada junto com um dos principais autores do gênero na cidade, Manoel Monteiro.
“O cordel nunca teve tanta evidência quanto hoje”, disse o poeta em entrevista ao G1 em meio a dezenas de títulos publicados por ele, no Recanto da Poesia – Espaço Manoel Monteiro, sala que leva seu nome.
A explicação dele é que depois de ter seu auge e começar a decair por conta da mídia de massa nos anos 1960, o cordel foi redescoberto pela academia em vários países e passou a ser revisto de forma aprofundada. Uma das comprovações disso, diz, é o fato de o modelo ser título de uma novela, Cordel encantado.
Monteiro contou que já publicou quase 200 cordéis. Alguns deles já atingem a sétima edição, o que significa que foram vendidos mais de 7 mil exemplares. “A cultura de massa nunca morre”, disse. Os livrinhos são encontrados em bancas de revista da Paraíba, e muitos deles já foram digitalizados e colocados na internet.
Segundo ele, seu trabalho começa com a escolha de um tema, seguido pela pesquisa e pelo trabalho de escrever poesia sobre aquilo, passando então ao computador, que ele nem usa. “Não sei nem ligar um computador”, contou.
Em meio a biografias e obras de crítica social, alguns cordéis falam de cornos e piadas, mas isso não precisa desmoralizar o trabalho sério. “Tem muita gente que faz cordel de brincadeira, mas eu levo muito a sério”, disse, fazendo alusão a novas edições de cordeis seus em formato de livro, que vão ser usados em escolas e universidades do Brasil.



Fonte: http://acordacordel.blogspot.com

sábado, 4 de junho de 2011

Editora da UEPB vai publicar trabalho de poeta patoense



“Viagem aos 80 anos da Revolta de Princesa”. Esse é o mais novo cordel do poeta patoense Janduhi Dantas que será publicado pelo selo Latus, da Editora da Universidade Estadual da Paraíba.
Premiado em concurso realizado pelo Ministério da Cultura, o cordel obteve o 7º lugar entre 120 trabalhos selecionados no “Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel – Edição Patativa do Assaré”.
A ideia da elaboração do folheto foi do secretário de Educação do município de Matureia, Nilton Dantas, que convidou Janduhi para ilustrar com a feitura de um cordel projeto de sua secretaria que prevê levar cerca de 100 alunos da escola Municipal Maria Tâmara para visitar a cidade de Princesa Isabel, palco do episódio da história paraibana que acabou tendo influência decisiva na deflagração da Revolução de 1930 em nosso país.
O projeto também contempla a realização de oficinas de cordel e de xilogravura, que contarão com as participações do cordelista Toinho Mota, de Mãe D'Água, e do xilógrafo de renome internacional Marcelo Soares, de Timbaúba, Pernambuco.
Recentemente, este fato da história política da Paraíba foi mostrado em documentário da TV Senado com o título “Princesa do Sertão”.
O convite a Janduhi para publicar o cordel pela Editora da UEPB surgiu do professor Cidoval Morais, professor do Curso de Comunicação Social daquela universidade e atual diretor da editora.
Os motivos da Revolta de Princesa, as desavenças entre o governador da época e o coronel Zé Pereira, a invasão da cidade de Teixeira por parte da polícia do estado, a perseguição à família Dantas, que culminou com o assassinato de João Pessoa por parte de João Dantas são, entre outros, fatos narrados no folheto de 40 páginas, que terá uma tiragem inicial de cinco mil exemplares, com distribuição a cargo da Eduepb.