terça-feira, 31 de março de 2009

A mulher que vendeu o marido por R$ 1,99


O cordel “A mulher que vendeu o marido por R$1,99”, do poeta patoense Janduhi Dantas foi adaptado para o teatro de rua. O folheto conta a história de uma mulher que não suportando mais a bebedeira do marido, resolve vende-lo na feira. Janduhi tornou-se conhecido nacionalmente pela publicação da “Gramática no Cordel”..

Veja abaixo, o vídeo publicado no You Tube:

sexta-feira, 20 de março de 2009

Quer torcer pra time bom... Vem torcer pro Nacional!




O Nacional de Patos foi
A João Pessoa e ganhou
Do Botafogo na quinta
E a torcida não gostou
Botafoguenses gritavam
“Saia da frente”, esbravejavam
Diziam: “O terror chegou”.

Só se ouvia: ‘É uma vergonha”
Nos cantos do Almeidão
Mas não é vergonha alguma
A derrota pro Verdão
Quem conhece o Canarinho
Sabe que o bicho é verdinho
Do litoral ao sertão.

Vergonha é o torcedor
Ficar decepcionado
Perder o próprio domínio
Não saber ser derrotado
Agredir o jogador
Vergonha é torcedor
Partir pra invadir gramado.

Vergonha deve sentir
A mãe de um rapazinho
Que sai de campo algemado
Por não saber o caminho
De uma torcida decentemente
Sai com um soldado à frente
Puxando no colarinho.

Mas tem uma solução
Pra torcedor animal
Tomar chá de camomila
Deixar de torcer tão mal
Seu time não para em pé
Deixa disso seu Mané
Vem torcer pro Nacional.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Brincadeirinha do caralho...!




Tradição de japonês
É sair tudo agarrado
Num caralho aloprado
Pra esquecer a pequinês
Ou quem sabe até talvez
Pedir pro seu santo Buda
Pra lhe dar uma ajuda
Pra aumentar seu pingolim
Mas eu tenho cá pra mim
Que é boiolagem aguda.

E essa ruma de macho
Agarrado a uma rola
Nessa festa mais que tola
Descendo ladeira abaixo
Sem nenhum sadismo, eu acho
Que o japonês se anima
Pensa que é uma esgrima
Carregando esse pesão
Mas no fim da procissão
Eles vão sentar em cima.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Miguezim de Princesa, autor de: A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA

A história da excomunhão das pessoas que viabilizaram o aborto feito em uma criança vítima de estupro rendeu uma série de 10 estrofes a um poeta chamado Miguezim de Princesa. Não o conheço, mas aproveito para dar os parabéns ao autor dos versos que seguem descritos abaixo:

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA*
* /Miguezim de Princesa/ **

**
*Peço à musa do improviso*
*Que me dê inspiração,*
*Ciência e sabedoria,*
*Inteligência e razão,*
*Peço que Deus que me proteja*
*Para falar de uma igreja*
*Que comete aberração.*
**
*II*
*Pelas fogueiras que arderam*
*No tempo da Inquisição,*
*Pelas mulheres queimadas*
*Sem apelo ou compaixão,*
*Pensava que o Vaticano*
*Tinha mudado de plano,*
*Abolido a excomunhão.*
**
*III*
*Mas o bispo Dom José,*
*Um homem conservador,*
*Tratou com impiedade*
*A vítima de um estuprador,*
*Massacrada e abusada,*
*Sofrida e violentada,*
*Sem futuro e sem amor.*
**
*IV*
*Depois que houve o estupro,*
*A menina engravidou.*
*Ela só tem nove anos,*
*A Justiça autorizou*
*Que a criança abortasse*
*Antes que a vida brotasse*
*Um fruto do desamor.*
**
*V*
*O aborto, já previsto*
*Na nossa legislação,*
*Teve o apoio declarado*
*Do ministro Temporão,*
*Que é médico bom e zeloso,*
*E mostrou ser corajoso*
*Ao enfrentar a questão.*
**
*VI*
*Além de excomungar*
*O ministro Temporão,*
*Dom José excomungou*
*Da menina, sem razão,*
*A mãe, a vó e a tia*
*E se brincar puniria*
*Até a quarta geração.*
**
*VII*
*É esquisito que a igreja,*
*Que tanto prega o perdão,*
*Resolva excomungar médicos*
*Que cumpriram sua missão*
*E num beco sem saída*
*Livraram uma pobre vida*
*Do fel da desilusão.*
**
*VIII*
*Mas o mundo está virado*
*E cheio de desatinos:*
*Missa virou presepada,*
*Tem dança até do pepino,*
*Padre que usa bermuda,*
*Deixando mulher buchuda*
*E bolindo com os meninos.*
**
*IX*
*Milhões morrendo de Aids:*
*É grande a devastação,*
*Mas a igreja acha bom*
*Furunfar sem proteção*
*E o padre prega na missa*
*Que camisinha na lingüiça*
*É uma coisa do Cão.*
**
*X*
*E esta quem me contou*
*Foi Lima do Camarão:*
*Dom José excomungou*
*A equipe de plantão,*
*A família da menina *
*E o ministro Temporão,*
*Mas para o estuprador,*
*Que por certo perdoou,*
*O arcebispo reservou*
* A vaga de sacristão.*